Irlanda
Europa
9, Agosto, 2017

Quando você escuta gaélico pela primeira vez é como se voltasse no tempo. "Fáilte" é uma palavra que deve ter sido falada milhões de vezes desde que as primeiras pessoas se instalaram na icônica paisagem da Irlanda. 

"Bem-vindo". Claro.

A receptividade irlandesa é algo que se encontra como referência em todos os guias de viagem, por isso é até clichê escrever sobre isso... mas mesmo assim estávamos despreparados para o “tanto” de honestidade contido em um simples desejo de boas vindas.

No final de 2014, alguns representantes do Tourism Ireland vieram ao Brasil e eu tive a oportunidade de conhecê-los. Eles queriam saber mais sobre a Donato Viagens e o nosso modo de trabalhar com o turismo no Brasil. Apresentei para eles alguns conteúdos que criamos ao longo de viagens que fizemos no passado, como esse lindo filme da Patagônia:



Fico feliz de dizer que eles adoraram as imagens e compraram a ideia. Assim eu o Fabio fomos convidados para conhecer a Irlanda com o intuito de escrever, fotografar e filmar o país.

Essa história é o resultado dessa viagem incrível. O Fabio tirou mais de 3 mil fotos, além de outros tantos filmes e nós conseguimos dirigir na mão inglesa (ou seja, à direita, não esquerda, como é aqui no Brasil) ilesos por mais de 3.000 Km!

Mesmo com um itinerário repleto de atividades, conseguimos captar parte da essência da Irlanda. Nós visitamos um país pequeno de enorme coração, cuja natureza lírica é expressa no calor da receptividade do seu povo.

Cėad Míle Fáilte, Cem mil boas-vindas!


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Vestígios do passado

Depois de atravessar o Oceano Atlântico, nós pousamos em Dublin em um domingo de “sol” – “sol” assim entre aspas porque a presença dele é relativa: de repente, quando menos se espera, começa a chover e instantes depois o sol reaparece. Isso aconteceu quase todos os dias durante nossa visita.

Quando se visita um país com uma história tão antiga, precisa ter cuidado onde pisa...pois pode literalmente pisar na história. O legado da Irlanda se apresenta em dezenas de prédios no centro da cidade de Dublin, como a Universidade Trinity, com mais de 400 anos e lar de um dos livros mais preciosos da humanidade, o Book of Kells (um manuscrito feito por monges celtas, por volta do ano 800 AD); a Catedral de St. Patrick's, fundada em 1191 é uma inspiração até os dias de hoje. Há também a pequena biblioteca Marsh's library, que tem em seu acervo autênticos tesouros, como mapas do mundo na visão de séculos atrás pintados à mão, e o hotel The Shelbourne, onde a constituição irlandesa foi elaborada, em 1922.


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O plano era aproveitar Dublin por uns dias e depois dirigir pelo interior. Nós ficamos realmente felizes em fazer um passeio de bicicleta logo no início da viagem. Eu não consigo imaginar uma forma mais legal de conhecer uma cidade. De bike, é possível explorar e conhecer vários pontos de Dublin da mesma forma que os locais fazem.


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Nos dias seguintes, percorremos a agitação da Dublin contemporânea, seguindo os passos de grandes nomes da literatura, caminhando de mãos dadas com a história. Nós pudemos ver como James Joyce viveu, como o império de Arthur Guinness e sua família foi construído e como soa a tradicional música local.


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Tudo isso com uma informalidade que aprendemos ser norma, que resulta facilmente em um festival de comes e bebes.


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Depois de dedicarmos tempo ao combo “andar-comer-beber-dormir”, pegamos o carro e caímos na estrada em busca dos principais cartões postais da Irlanda. Aqui é o resumo da nossa maratona, quer dizer, itinerário: (Ah, antes que eu esqueça: graças ao GPS!)

DUBLIN - NEWGRANGE - BLESSINGTON - CLIFFS OF MOHER - KILKENNY - MACREDDIN VILLAGE - WICKLOW MOUNTAINS - MALAHIDE

Nós esperávamos que o destaque da nossa rota seria a famosa falésia de Cliffs of Moher, mas nos surpreendemos com o “conjunto da obra”. No caminho até lá, dirigimos por vários condados, visitamos casas históricas e conhecemos cenários cinematográficos, que nos fizeram perceber que a grande personalidade irlandesa é a impressionante beleza natural de suas paisagens, misturada com suas construções. Como ficar de mau humor morando em um país como esse?


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Depois de uns dias chegamos à Clare, passando pela estrada mais estreita que já vi na vida! Foi no final da tarde que conseguimos escutar o som longínquo das ondas quebrando nos rochedos. Chegamos na costa! No final, toda viagem também precisa de um pouco de romance. Ao caminhar pelo estreito “The Burren Way”, uma trilha que te leva por todo o caminho entre as falésias, um slogan veio a mente:

“Coisas boas acontecem para aqueles que sabem esperar”
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Para a Guinness, significa que é necessário esperar e ter paciência para saborear o perfeito Pint da cerveja. Para nós, viajantes na Ilha e para sempre exploradores do mundo, significa fortalecer uma relação ao longo de seis anos. Mas assim como os comercias da Guinness, não sem o preparo certo.

Fabio fez questão de ficarmos parados na distância certa para a nossa foto tradicional com o tripé (enquanto eu gritava com ele: “anda logo”, mais de uma vez – admito) e na última foto no maravilhoso Cliff of Moher, ele apertou o timer da câmera, correu para ficar ao meu lado e antes dos 10 segundos acabarem...se ajoelhou na minha frente.

Ficamos noivos!

Sempre imaginei como seria esse momento, mas nunca esperei que fosse assim, perfeito. A Irlanda ficará para sempre nos nossos corações.


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Nós imaginamos e virou realidade. Para onde nossa imaginação vai nos levar da próxima vez?

O filme completo de nossa experiência na Irlanda você encontra aqui!